sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

MAIS QUE AMOR



Ousava admirar minhas penumbras,
e estremecia como se sofresse,
o amor conhecimento de uma causa,
digamos que seria em causa própria...

Sem respirar pra que eu não acordasse,
embora apenas isso desejasse,
saboreava os beijos antes de dá-los,
imaginava o gosto antes de tê-los...

Poeta ardente repetia as rimas,
que escreveria em frases preparadas,
vontade de fazê-lo no meu corpo...

Tremia tanto ante a nudez exposta,
e por outros motivos quase dor,
paixão desmesurada mais que amor!

Dorothy de Castro

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