Virou as costas e saiu...
Estava injuriado,
sentia tremer-lhe as pernas...
Chegou à pequena praça
deitou o paletó num banco
tosco e se deitou sobre ele...
Apertou os olhos e deu meia volta
no seu passado...
Se pudesse se julgar diria que
era um tanto covarde...isso mesmo
Covarde!
Seu peito parecia uma trincheira
de guerra...Um buraco fundo...
Ou raso? Não sabia ao certo,mas
que era um buraco,isso era!
Voltou do passado,quis apagar a
luz mas ai, se lembrou que estava
na praça...Procurou um cigarro...
mas, que idiota,não fumava mais
já fazia três anos...
Lembrou o gosto do beijo dela...
Gostinho de café...Passou a língua
nos lábios...Levantou-se,jogou
o paletó nas costas e foi para casa!
Dorothy de Castro Poesias Pontilhadas
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