domingo, 8 de julho de 2018

BUQUÊ DO BARDO




Eu sou a flor, que insiste
em ser mais triste, no momento
em que me despetalo,
o talo frágil se parte com o vento...

Me faço flor como pede o poeta,
empresto as cores d'algum colibri,
e no jardim do amor onde eu nasci,
vi florescer um verso em linha reta...

Sibila o vento me levando a vida,
me arranca a alma já desfalecida,
esquece o bandoleiro que sou flor...

E que preciso enfeitar os campos,
com minhas pétalas secar o pranto,
com meu perfume inspirar  amor!

Dorothy de Castro



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