A súplica dos corpos teu e meu
vem nessa noite em gritos abafados
pedir perdão à quem nos tenha amado
Fazer o que, se somos atrelados
desde a manhã na frouxa luz do sol
até à noite do indizível amor...
A chama insólita da paixão resiste
à tudo que dançando queima e arde
qual urro de uma fera atormentada...
Translúcida performance da febre
que nossos corpos dançam no desejo
desses queimados lábios onde o beijo
Deixa selado o amor talvez covarde
tão sôfregos que somos tu e eu
tão loucos que de nós mal sabe Deus!
Dorothy de Castro
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