quinta-feira, 8 de setembro de 2016

INDIZÍVEL AMOR




A súplica dos corpos teu e meu
vem nessa noite em gritos abafados
pedir perdão à quem nos tenha amado

Fazer o que, se somos atrelados
desde a manhã na frouxa luz do sol
até à noite do indizível amor...

A chama insólita da paixão resiste
à tudo que dançando queima e arde
qual urro de uma fera atormentada...

Translúcida  performance da febre
que nossos corpos dançam no desejo
desses queimados lábios onde o beijo

Deixa selado o amor talvez covarde
tão sôfregos que somos tu e eu
tão loucos que de nós mal sabe Deus!


Dorothy de Castro 

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