domingo, 20 de janeiro de 2013

O CÉU D A BOCA

Beija-me a boca bem devagarinho,
Explora-me os molares e os caninos,
Lava-me os lábios e o queixo,
Eu deixo...

Põe tua língua inteira aqui no céu,
Da minha boca cheia de nervuras,
Provoca meu amor, essas loucuras,
tão puras...

Peça-me o beijo francês, daquela vez,
Que a tua boca engoliu a minha,
Pondo marcada, um mês
a coitadinha...

Num estalido tão gostoso, as bocas,
Vão se mordendo, se comendo loucas,
Eu bem romântica te quero assim,
dentro de mim...


Dorothy de Castro





1 comentários:

Anônimo disse...

Que inspirações fazem sairem de suas mãos essas palavras de voraz carinho? No que pensa, poeta, quando em meio ao gozo literário deixas sairem versos que a tantos inebriam? É por esses e outros versos que o que posso é me render mais uma vez ao teu talento.

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