Pantera é aquela
que pisa macio,
Com garras à mostra
Explode no cio!
Pantera resvala
por entre as montanhas,
Se esconde nas matas
com medo da noite,
Com medo do açoite
de feras estranhas...
Nem sempre é audáz
nem sempre é felina,
Às vezes menina
inocente pantera,
Se esquece que é bicho,
se esquece que é fera...
O brilho da lua
desvenda o coiote,
A prêsa aguarda
o bote fatal,
Que irá esquartejá-la
e lançá-la ao banquete,
Saciando a fome
do belo animal...
Que outro não é senão
a pantera,
Que espera outra fera
do seu mesmo porte,
Que a enlace,
que a cubra com o peso
de macho,
Que a deixe por baixo
qual fêmea qualquer...
E nesse momento,
a pantera é ...mulher !!!
Dorothy de Castro do livro Orgasmo Poético
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