quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

LEMBRANDO AS RENDAS





Olhou-a nos olhos quase em desespero
e viu a luz que deles se emanava... chorou!
cavou buracos nas suas lembranças,
e quis, mais uma vez ainda, ser feliz...

Sentiu-se morto, qual soldado em guerra,
e segurou a cabeça entre as mãos...
o vento sopra e ele matutando...vai se
lembrando dela, apenas dela...

Vivia muito só e em pensamentos,
ela chegava quase toda noite ou era toda
noite essa chegada? Sim era, era sim,
lá fora se fazia uma grande lua...

Quanta loucura escrita em poesia,
Numa humildade pra fazer poemas,
apenas tinha histórias pra contar,
poeta fetichista entre as rendas...

O catavento catava suas mágoas,
e espalhava aos quatro ventos ,
a tortura de lembrar os beijos dela,
a carne à tremular entre os lençóis...

Um bardo louco...
morre de saudades!

Dorothy de Castro





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