domingo, 27 de dezembro de 2015

SONETO SOLITÁRIO



Frio esses olhos de outrora quentura
onde a ventura vislumbrei por vezes
como se fossem siameses molhados
apaixonados nós dois tanta ternura!

Acostumemo-nos à solidão de agora
foi decidida a hora e nada há que faça
talvez pirraça? talvez quem sabe amor
quem sabe a dor que entre nós aflora!

Bem raro o nosso amor por esses dias
em que vadias almas se prometem
e mentem malfadadas poesias...

À quem culpar se não quem sabe à Deus
que fez com que te desse os versos meus
sem me importar se amavas ou mentias!


Dorothy de Castro


2 comentários:

PAULO TAMBURRO. disse...

DOROTHY,

no amor, como na vida, às vezes realmente, devemos ser muito econômicos nas nossas entregas e deixarmos aos pouquinhos ir fluindo carinhos e prova de amor, diferentemente de como isso fosse uma entrega de uma pizza Delivery, pedida apressadamente para consumo rápido e imediato.

É da natureza humana,pensar que o outro, ao se entregar completo e deixar aparecer todas as suas mais incontestáveis demonstrações de amor, confundir necessidade de entregas com o fato de ter a outra pessoa "na mão".

Ter a outra pessoa "na mão" seria o trunfo de que, nada mais seria preciso fazer para mantê-la junto a nós.

Entre as mulheres isto não é muito comum, mas os homens reagem desta forma sim!

Não todos , mas a maioria.

Veja se não parece aquela coisa de que, quando no amor o companheiro já conhece todas as respostas não ter mais interesse em fazer perguntas.

Acho que é por aí!

Um abração carioca Dorothy e que bela e verdadeira poesia.

C. Dorothy disse...

Gostei da tua verdade...Costumo dizer que não se corre atrás de um bonde se estando dentro dele.
Para que o amor se reinvente é preciso que haja variação de formas, de palavras e de materiais diversos para se fabricar a química. E que a paixão seja eterna durante as horas que acontece. Beijos Paulinho!

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