domingo, 19 de julho de 2015

QUARTETOS MALDITOS (2)






O retorcer no leito com febril insonia,
faz com que a vida não me seja longa,
Ouvir ruídos é tudo que me resta,
talvez canto de galo ou piar de coruja...

Sem muito soluçar quem sabe gargalhar,
no palco onde as cenas se revezam mais
que os tristes arlequins, rosto pintado, lindo,
sorrindo à colombina num baile mascarado...

E nas paredes brancas os poetas fazem.,
quartetos tão malditos pra falar de amor...
porém a dor não deixa que essa pena
grave, os versos quase loucos quase miseráveis...

E minha alma quieta nada me dizia,
cuidei que ela dormia ou já morrida estava,
na febre agonizante d'um amor que vai,
por fim me completar a dor que agora sai!


Dorothy de Castro


0 comentários:

Postar um comentário

Poesias Pontilhadas © 2008. Design by :Yanku Templates Sponsored by: Tutorial87 Commentcute