quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

VERSOS DESESPERADOS

Eu amando a paixão
Eu me negando...
A doce excitação
do teu gosto  avinhado...
Meus seios de maçã
querendo  a sua boca
Em  rastros de poesia
A escrita contagia...
Deitada eu fico em versos
Jogados num divã...
Eu tua  nua e desbotada lua
vejo o subir de nuvens azuis
Da cor do céu,
 quando não chove...
E move tudo em mim
assim num  frasco
claro e raro de absinto...
Que importa eu tenha  o céu
Se no inferno me sinto?...

Dorothy de Castro    Poesias Pontilhadas


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