quinta-feira, 27 de outubro de 2011

A VOLTA

Tenho verdades ossudas
Precisamente tão cheias
De teus olhares vadios...
Tenho uma vontade extrema
De te esmagar num poema
De me deitar nos teus cios...
Em bancos largos de praça
Numa paixão e mais-meia
Quase um amor sete-mês...
Fiz tranças na minha crina
Resfolegando de amor
Molhada no teu suor...
Faria tudo outra vez
Mas o relógio que come
As horas loucas de fome
Desperta a minha neblina...
Faria tudo outra vez
Numa oficina de letras
Rebuscaria você
Nas linguas de um rio manso
Sonhando com a  preamar...
Me deitaria em teu colo
Meu canoeiro perverso...
Se me proibes de amar
Te nego também as tetas
Te esqueço porque me canso...
Deixo as águas, volto ao solo
Desmaiando nos meus versos!...


Dorothy de Castro    Orgasmo Poético



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