sexta-feira, 23 de setembro de 2011

CORTESÃ

Passou à ser malandrinho
ou já era...
Me ama e me manda embora
e agora?
Valente moço do samba
me expulsa da sua vida
Diz que me ama e almeja
que eu me torne Dona Beja
Pra ser sua cortesã...
Mas amanhã, quando chegar
outra briga
Essa mulher de Formiga
não carrega o patuá...
Me espreme como laranja
me come, me cospe, e  xinga
Mas é na minha moringa
que ele vem matar a sede...
Tudo se arranja depois
da chuva a bonança
O meu neguinho descansa
Nos meus braços lá na rede!...

Dorothy de Castro   Orgasmo Poético

0 comentários:

Postar um comentário

Poesias Pontilhadas © 2008. Design by :Yanku Templates Sponsored by: Tutorial87 Commentcute