quarta-feira, 16 de março de 2011

SEM ALMA

Só quem jamais talvez tenha sofrido
Na pele lacerada e na alma inteira
A dor moral e humana por ter sido
Traída e humilhada a vida inteira

Só quem calou o choro entre as cobertas
E sucumbiu de ódio entre os trilhos
Pode saber da dor de horas incertas
Porque passou a mãe pelos seus filhos...

Como julgar a vida da mulher
Que busca o beijo frio e desalmado
Na ânsia de obter calor qualquer...

Só mesmo tendo o peito bem vazio
Para apontar à ela antigo rio
Que fez-se mar do pranto derramado!

Dorothy de Castro   Orgasmo Poético

0 comentários:

Postar um comentário

Poesias Pontilhadas © 2008. Design by :Yanku Templates Sponsored by: Tutorial87 Commentcute