segunda-feira, 2 de maio de 2016

A LIBERDADE PROPRIAMENTE DITA




Ser livre pra fazer caretas nos espelhos
do busão... hoje à tardinha, eu na minha
cadeira preferencial, não vejo mal algum
sou só mais um, com olhos bem vermelhos...

Meus ombros suportam uma tragédia qualquer,
que porra de mulher é essa, que não sai
correndo pela vida, com cãibras doloridas
por falta de potássio ou de banana?

A britadeira abre o asfalto e o salto alto
se enfia nos buracos, finjo dormir e não
desço nesse ponto, pronto... passei,
mas a mulher caiu e ninguém viu...

Ninguém sequer olhou, mas era livre
para cair, mostrar as calças diminutas,
que só as putas usam pra seduzir...
batom vermelho na boca, livre e louca!


Dorothy de Castro

0 comentários:

Postar um comentário

Poesias Pontilhadas © 2008. Design by :Yanku Templates Sponsored by: Tutorial87 Commentcute