quarta-feira, 13 de abril de 2016

AUGUSTIANDO - I




É só a insônia produzindo vozes
na minha mente mais do que doente
enterro o que não posso carregar
numa tragédia onde dormir não posso...

Sorver a depressão e não senti-la
gritar silêncios que me dizem tudo
onde a pureza que é cobrada em mim
vago insegura e pura já não sou...

Sorvo a paixão que me ofereço sorvo
na noite escura o viajar d'um corvo
uivo dos lobos nessas horas mortas
as portas se fechando em duas folhas...

Estronda em minha triste alma insone
e na vigília esbugalhando os olhos
chora um poeta que morrer queria
entre os escombros d'uma poesia!


Dorothy de Castro

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