quarta-feira, 13 de abril de 2016

AUGUSTIANDO - I I






Era o silêncio tétrico e profundo
era a desilusão maior do mundo
era um desejo de se esparramar
na tenebrosa lápide da vida...

Era a ferida à sangrar silente
que se fazia demoradamente
e parecia não fechar jamais
se vida houvesse correria atrás...

Lábios num rito quase de amargura
lembrava frases de fatal tortura
do nada apareciam e se evadiam
se nunca os beijos nunca mais a vida...

Vejo porém que tudo há de findar-se
porque nascer é o mesmo que morrer
a morte teima em ser a namorada
a que vadia há de levar-te ao nada!



Dorothy de Castro


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