sábado, 27 de fevereiro de 2016

UM SONETO MORTO




De mais à mais, o que mais preciso,
é pertencer à mim somente...
é ser inteiro meu e verdadeiro,
é me bastar durante a madrugada...

A minha solidão por mim velada,
contida em gritos que ninguém escuta,
e aos fantasmas já não faço medo,
brancas figuras se distanciando...

Do amor extremo só uma vontade,
de abraços ternos pelo corpo inteiro,
sabendo ao longe uma saudade louca...

Suponho morto agora esse soneto,
tão pobre em falas sem maiores trovas,
segue levado pelo vento às covas!


Dorothy de Castro

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