sexta-feira, 27 de novembro de 2015

PORRE DE POETA


você não respeita nada
nem a triste madrugada
que me dedica essa hora,
quando o sono vai embora
e eu poeta sem vergonha,
fico procurando rimas...
Ah  solidão enfadonha 
entre ferros e correntes,
vou dizendo à toda gente,
que não há mais inocentes,
que todos bebem somente,
para sentir o tal vinho,
que desce goela abaixo
e desce bem de mansinho...
e quando fica de fogo,
tenta um pedido, um rogo,
mas Deus o vendo de porre,
diz com perfeita  certeza:
-se esse cara der moleza
essa beleza inda morre!

Dorothy de Castro

0 comentários:

Postar um comentário

Poesias Pontilhadas © 2008. Design by :Yanku Templates Sponsored by: Tutorial87 Commentcute