quinta-feira, 2 de abril de 2015

EM PAUTA O CHÃO DE GIZ




Que a solidão me empurre lentamente
 Até meu "chão de giz"..
de coisas espalhadas, mortas...

Eu solitária, nessa falta louca
do beija flor que a minha violeta
fechada em conchas em fadado sonho...

As linhas tortas se apresentam
curvas e os "tolos devaneios"
na tortura turva à me procurar...

Noticias minhas veja nos jornais,
em páginas bizarras, de letras
garrafais e tudo mais...estrela...

Queria te-la em mim, num carnaval
de máscaras e confetes cor de rosa,
um pano colorido de apagadas cores...

As tentativas vãs de abraços,
 disparados ante o enfrentamento,
que tem você com ele, é quase dor...

Ultimo assalto, sem beijos
e os desejos loucos rasgam
vestimentas de vênus que usamos...

O tempo apenas de beber um vinho,
antes do ultimo gozo afoito,
e as bocas esmagadas e sujas de batom...

Exibo a gora os pés acorrentados...
és jovem à me beber a madureza
e queres a explicação de " Freud"..

Mas não poderás embriagar-te mais,
Rasgo o vestido e guardo no rasgo,
o seu confete depois do baile...

E tudo que dizem de nós
é que o nosso sexo explode
em linguagem "popular"...

E agora "estou indo embora",
a hora é chegada enfim,
"Desço dessa solidão e espalho
flores sobre o chão de mim!"


Dorothy de Castro









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