terça-feira, 7 de abril de 2015

Á UM POETA MORTO




Avante! Aqui jaz um poeta ... 
Sequer rezou... morreu apenas,
morto simplesmente nada mais....
Algo comum a morte de poetas...

E nem pediu licença, deitou-se
entre algumas letras, as mãos vazias
de poesias, de versos esquecidos
nos bolsos da calça, bem fundos...

Lembrou-se vago antes de morrer,
de uma musa que tivera em vida
quanto escrevera pra essa mulher
roubou da lua a claridade tanta...

A confundia às vezes com Frinéia
pela malicia que encontrara nela
de outras musas se lembrava pouco
algumas o deixavam quase louco...

E meio morto antes que viesse
o anjo "torto" de Drummond buscá-lo
balbuciou um verso repentino
Fechando os olhos, foi-se qual menino!

Dorothy de Castro




0 comentários:

Postar um comentário

Poesias Pontilhadas © 2008. Design by :Yanku Templates Sponsored by: Tutorial87 Commentcute