quarta-feira, 4 de março de 2015

INTEMPÉRIES



Eis que esse amor sujeito às intempéries
Da vida doida ao despertar do sonho
Não vê sequer o  tal porvir risonho
Pisa onde a treva agora se eterniza...

Vê que sou mística e posso acreditar
No vento perfumado que me traz
Tua presença que não tenho mais
Estendo minhas mãos mas é em vão...

Ficou no tempo em que te conheci
Amado meu sem que te apercebas
Estou aqui para afogar as mágoas...

Mas tenho ímpetos de loucos berros
Tão desvairados que talvez  recebas
A saciedade em minhas turvas águas!



Dorothy de Castro



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