quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

ESCRAVA DO TEMPO




Longe de mim que estou,
escrava deste tempo...
vejo que o céu se fecha,
no soprar dos ventos...
Diáfanos jardins de rosas
brancas, pálidas...
 entregam outra corrente,
me atando os pés com ira...
Para que eu não caminhe
por vales, entre os ímpios...
Uma Figueira antiga, 
fazendo sombra amiga,
Estéril não dá frutos...
Escrava como eu, do tempo
e dos ventos!

Dorothy de Castro


(Figueira Rubayat Rua Hadoc Lobo -(Centro de  São Paulo)

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