terça-feira, 20 de maio de 2014

SOMBRA QUE BAILA


À minha frente triste sombra dança
Tal qual a bailarina de um bordel
Como quisesse se rasgar em véus
Como quisesse arremessar a lança...

Seria amada com esse Eu profano?
Se tenho a dança o que mais desejo?
Se nada ouço e se nada vejo
Apenas sinto o deslisar do pano...

A dançarina rodopia louca
Os pés sangrando a voz em cantos roucos
Numa canção que ao longe alguém escuta...

Abre-se a chaga nesses pés feridos
Pisando a barra rota do vestido
Cai na sombria escuridão da gruta!

Dorothy de Castro






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