sábado, 5 de abril de 2014

IMAGENS NA PAREDE




Não é que eu seja aberta ao desespero
Nem me desfaço em prantos de saudade
Por ser mulher vivida... Eu na verdade
Enxugo a lágrima no travesseiro...

Porque ao deitar-me nessa   cama fria
Trago lembranças e me abraço nelas
Me encolho toda sobre a luz de velas
Que minha sombra de assombrar-me havia...

E como louca escrevo nas paredes
O que as imagens vão me  revelando
As  bocas minha e tua se beijando

E nada traz consolo noite afora
Tento dormir apenas  dois minutos
Como se fosse mais de duas horas!

Dorothy de Castro







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