sexta-feira, 14 de março de 2014

ENQUANTO ISSO A POESIA








enquanto houver...
um ultimo fio de cabelo
ultimo trôpego andar
ultimo sopro de vida
ultimo choro a rolar
talvez um ultimo lenço
pra essa lágrima enxugar...
enquanto houver
poetas empoeirados
dentro dos livros rasgados
nas prateleiras dos sebos
frases de amor esquecidas
trovas mais que corrompidas
fragmentos de paixão...
enquanto a hora
da maldita madrugada
Inspirar mórbida e triste
poema feito por mim
num jogo de sedução...
enquanto isso
eu preciso ser poeta
numa loucura completa
dia e noite noite e dia
ou tarde crepuscular
hora da melancolia
ultimo e dorido fim
morrer numa poesia!


Dorothy de Castro




0 comentários:

Postar um comentário

Poesias Pontilhadas © 2008. Design by :Yanku Templates Sponsored by: Tutorial87 Commentcute