segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

FUMO DE POETA




Eu era só, tão malfadado e triste
Tão iludido, o pior que existe
Ainda é bem melhor do que já fui...

Eu carregava as dores nos meus braços
E exibia a todo mundo os traços
Nada é suposto do que alguém intui...

O fumo era tragado e preso na garganta
Fumaça de um cigarro que a tristeza espanta
Ainda hoje sinto o gosto amaro e azedo...

Nada me dava, e em troca  eu nada devolvia
A recitar monólogos de triste poesia
Virei poeta e a vida já não me mete medo!

Eu era só...
Eu carregava...
O fumo era tragado...
Virei poeta!


Dorothy de Castro





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