terça-feira, 19 de novembro de 2013

PAÍS DO TEU CORPO





Por ter vindo do barro escuro e lamacento,
Encosto-me no mundo imundo algumas vezes,
Abaixo-me a beira do poço e olho fundo,
Sou integrada ao cosmo dane-se o momento...

Meus ombros mais arcados do que n foi um dia,
Ampara a minha cabeça louca e pensativa,
Escrevo versos notívagos  ou amanhecidos,
Excitados desejos imprimem a poesia...

Faço girar as mãos que buscam na dormência,
Um jeito de acordar e comprimir o peito,
Estou me aborrecendo a solidão é dura,
Atormentado verso em sensual cadência...

Salino beijo esfrego a boca no teu queixo,
Teu corpo é um país tão conhecido e meu,
Fazendo piruetas eu te cavalgo os flancos,
Umedecendo a flor nos seus tão duros seixos!


Dorothy de Castro



1 comentários:

Anônimo disse...

Simplesmente grandioso esse poema, parabéns, amiga. Deus ilumine a tua verve.

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