sábado, 26 de outubro de 2013

SAUDADE ESTRANHA




Suavemente  a boca se prepara
E o beijo viajando por tais mundos
Prova do mel que a flor já não tem mais
Morreu na espera e na quimera louca
Conta-se a história pela terra afora
Que houve choro até da aurora clara
Num fato certo e num fado triste...
O cisne branco anunciava o lago
Que deslisar meu Deus! Que deslisar
O cérebro se fecha já não quer pensar
O meu amor se move sem mistério
Se fosse águia eu sei que voaria
Ele me pede o gosto e o cheiro de mim
O rio é seco e a noite canta e morre
Eu quero o instante dele 
Eu quero a fonte
Os montes
As montanhas
Cores da brasa
Da casa
Doce atração
Saudade estranha!


Dorothy de Castro

0 comentários:

Postar um comentário

Poesias Pontilhadas © 2008. Design by :Yanku Templates Sponsored by: Tutorial87 Commentcute