quinta-feira, 18 de outubro de 2012

A MALA

Ontem eu sai um pouco de mim...
Juntei uns cacos, uns trapos uns pratos,
Bordados com fios  de ouro...
Abri o meu baú onde os tesouros,
Tenho guardado com ciume até...
Apanhei tudo e coloquei na mala,
Parei na porta junto ao sofá da sala,
No espelho grande um corpo de mulher,
O meu no caso, sorri um pouco...
Acaso seria tarde pra sair?
Sair de mim pois sim agora eu venho,
Bem decidida  fui empurrando o sonho,
Franzindo o cenho e segurando o choro,
Bobagem  pensei, mas gosto sim...
De vez em quando fazer essa viagem,
Sair de mim, fugir pro não sei onde,
Sou tão intensa que a minha alma pensa,
Que eu me carrego  pra fugir de mim !


Dorothy de Castro   Orgasmo Poético

1 comentários:

Anônimo disse...

Belas palavras, minha cara! E também uma reflexão. Muitas vezes, nos sentimos tentados a seguir os impulsos, mas em algumas, sentindo que não haverá arrependimentos. Poesia também é convite ao pensamento, parabéns.

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