domingo, 14 de novembro de 2010

A PROFISSÃO



Meu pai queria que eu fosse advogada,

E a minha mãe que eu fosse professora,
Meu pai queria ver-me em tribunais,
E a minha mãe que eu ensinasse  mais,
E eu menina que era, apavorada,
Ficava ali pensando o que eu seria...
Corria  o tempo eu não me decidia,
Até que um dia passando em nossa porta,
Uma charrete... pra mim uma carruagem,
A dona linda  conduzida ia,
Muito posuda vestido vermelhão...
Cabelo louro e boca de  rubi, me decidi:
Seria como ela, à minha mãe falei,
Tomei coragem, me diga quem é essa?
Eu tenho que saber, vou ser assim...
E muito brava, minha mãe falou:
Menina! ficou louca? é prostituta!
Então tá decidido:- Vou ser puta!
Não fui... casei e tive filhos...
Advoguei sem ser advogada,
Em  minha lousa escrevi poemas,
Os filhos  ensinei à fazer versos...
Só peço à eles que respeitem sempre,
A condição de profissão qualquer...
Principalmente sendo uma mulher!!!!

Dorothy de Castro Poeta  Orgasmo Poético

0 comentários:

Postar um comentário

Poesias Pontilhadas © 2008. Design by :Yanku Templates Sponsored by: Tutorial87 Commentcute