Meu pai queria que eu fosse advogada,
E a minha mãe que eu fosse professora,
Meu pai queria ver-me em tribunais,
E a minha mãe que eu ensinasse mais,
E eu menina que era, apavorada,
Ficava ali pensando o que eu seria...
Corria o tempo eu não me decidia,
Até que um dia passando em nossa porta,
Uma charrete... pra mim uma carruagem,
A dona linda conduzida ia,
Muito posuda vestido vermelhão...Cabelo louro e boca de rubi, me decidi:
Seria como ela, à minha mãe falei,
Tomei coragem, me diga quem é essa?
Eu tenho que saber, vou ser assim...
E muito brava, minha mãe falou:
Menina! ficou louca? é prostituta!
Então tá decidido:- Vou ser puta!
Não fui... casei e tive filhos...
Advoguei sem ser advogada,
Em minha lousa escrevi poemas,
Os filhos ensinei à fazer versos...
Só peço à eles que respeitem sempre,
A condição de profissão qualquer...
Principalmente sendo uma mulher!!!!
Dorothy de Castro Poeta Orgasmo Poético
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